segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Um instante

Será que o que ninguém vê tem mesmo relevância? Ela passou, veloz e inocente, sem reparar no instante comum que ficou pra trás. Instante esse que, apesar de instante, fez branco um longo espaço de tempo, na cama fria, no quarto vazio. Na casa que nunca foi casa. A ilusão tentou - queria sair, como as moedas tiradas da orelha pelo mágico – mas a realidade quebrou o vidro. Chegara até ali; mas aquilo era, sem dúvida, o fim.